A banda traz novos integrantes e inova o hip hop mato-grossense
Linha Dura e Dj Taba lançam cd no Festival Calango, agora com um novo conceito. È que a agora “Linha Dura” é uma banda com sete integrantes, e alguns já bem conhecidos na cena independente. Trata-se de um novo projeto, concebido por Pablo Capilé, onde artistas de outras vertentes musicais, mesclam o que há de moderno e regional da cultura Mato-grossense.
Entre esses artistas estão o rapper Carlos Medrado, os pedreiros Ney Hugo, Inayã Benthroldo e Bruno Kayapi (sim, os Bong’s!), o contra-baixista cuiabano Ebinho Cardoso, além do Dj Taba, que nesse projeto atuará como Mc. Esse novo formato também conta com a participação do técnico de som Tchucca, também de Cuiabá.
Jazz, soul, funk,rap e rock fazem parte desse novo conceito de som e arte. Outra coisa bacana é o regionalismo que será agregado de forma ousada. Kayapy dedilhará uma viola-de-cocho, e a voz de Ney Hugo será explorada. Já Ynaiã, além da bateria tocará mocho e ganzá. Viola-de-cocho, mocho e ganzá são instrumentos artesanais típicos da região Mato-grossense, que dão sonoridade às coreografias do Cururu e Siriri, ritmo genuinamente cuiabano.
Se já está curioso, não precisar esperar até o dia 09 de agosto, no Festival Calango, quando Linha Dura lançará o disco. Pode ouvir o som em www.myspace.com/linhadura.
Só que antes, da uma conferida na entrevista que fiz com Linha Dura, (a pessoa) sobre o disco o conceito do mesmo.
Fernanda: Como surgiu a idéia de “Linha Dura” virar um grupo?
Entre esses artistas estão o rapper Carlos Medrado, os pedreiros Ney Hugo, Inayã Benthroldo e Bruno Kayapi (sim, os Bong’s!), o contra-baixista cuiabano Ebinho Cardoso, além do Dj Taba, que nesse projeto atuará como Mc. Esse novo formato também conta com a participação do técnico de som Tchucca, também de Cuiabá.
Jazz, soul, funk,rap e rock fazem parte desse novo conceito de som e arte. Outra coisa bacana é o regionalismo que será agregado de forma ousada. Kayapy dedilhará uma viola-de-cocho, e a voz de Ney Hugo será explorada. Já Ynaiã, além da bateria tocará mocho e ganzá. Viola-de-cocho, mocho e ganzá são instrumentos artesanais típicos da região Mato-grossense, que dão sonoridade às coreografias do Cururu e Siriri, ritmo genuinamente cuiabano.
Se já está curioso, não precisar esperar até o dia 09 de agosto, no Festival Calango, quando Linha Dura lançará o disco. Pode ouvir o som em www.myspace.com/linhadura.
Só que antes, da uma conferida na entrevista que fiz com Linha Dura, (a pessoa) sobre o disco o conceito do mesmo.
Fernanda: Como surgiu a idéia de “Linha Dura” virar um grupo?
Linha: Linha Dura sempre foi um grupo. Não existe uma pessoa conseguir fazer tudo sozinho, mas a veiculação do nome do grupo sempre foi centralizada no ser Paulo Ávila, o qual tem o apelido Linha Dura. O que estamos fazendo agora é mudando a forma de circulação. A idéia original dessa mudança vem do Pablo Capilé. Achei bacana discutir com o Dj Taba, e ai concordamos em trabalhar assim.
Fernanda: O Dj Taba ainda continua como dj?
Linha: Não, na real eu e o Taba adiantamos o nosso planejamento, nós tínhamos o planejamento de lançar o primeiro CD e na seqüência cada um faria o seu trabalho “separado e misturado”. Como o conceito desse disco praticamente é da minha autoria ficou acertado que esse seria o disco da banda ou grupo LINHA DURA. Agora estamos planejando o disco do Dj Taba. O Disco do Taba sairá do jeito dele, com a cara dele e com ele fazendo a produção, eu vou contribuir sempre que for solicitado. Pra quem não ta ligado antes do Taba ser dj ele era Mc, ele tem uma pegada boa também quando está com o microfone na mão por isso estamos fazendo uma nova estratégia: ele continua discotencando, mas não será o seu forte no grupo, agora ele vai fazer as dobras das vozes junto com o Carlos Medrado, quem vai assumir os toca disco será um dj free lance que já esta praticamente acertado com o W Jay (SNJ). Quando o w Jay não puder vir (fazer shows locais) o Taba segura ou se aparecer outro dj, vamos experimentando. Na real eu nunca vi esse projeto pronto e acabado, então estou sempre aberto para fazer várias experiências com vários músicos.
Fernanda: Quem é Carlos Medrado?
Linha: Um Maluco que tem como origem a favela e se envolveu no crime desde muito cedo devido a sua influência familiar. Hoje sobrevive através do trabalho comum como a maioria do povo brasileiro. Viu no Hip Hop uma alternativa de melhorar de vida, começou a dançar break e também a cantar Rap. O Selo NOVA GUARDA (www.myspace.com/selonovaguarda) terá a honra de lançar o disco desse maluco por que ele é real no que escreve tem coerência nas letras, tem compromisso com o que fala. Logo mais vocês ouvirão o disco do Carlos, esse guri que nasceu em Barra do Garças (MT), viveu em Primavera do Leste (MT) e agora mora aqui em Cuiabá e se destaca na produção cultural também.
Fernanda: Quem são os componentes desse novo grupo? Quem toca o que?
Linha: Linha Dura – vocal; Ebinho Cardoso – Baixo; Kayapi - Viola-de-cocho e Guitarra; Ynaiã – Mocho, ganzá* e bateria; Ney Hugo – Ganzá e vocal; Taba – vocal e dj; Carlos medrado – Vocal; Tchuca – PA (técnico de som).
Fernanda: Esse novo grupo será orgânico?
Linha: Na real não. O nosso show principal será com essa formação, mais como no time só tem jogadores qualificados e cada um é envolvido em uma séria de projetos tanto musical quanto na política cultural, ai a gente acaba tendo que ter um plano B, então se não rolar o time todo vamos fazer eu, o Carlos e um dj. O importante é a musica circular.
Fernanda: Além do rap e as pegadas instrumentais do Macaco Bong, qual outro estilo “Linha Dura” carrega?
Linha: Na banda LINHA DURA, carregamos uma série de vertente musical principalmente da grande árvore negra. Soul, Reggae, Jazz, Siriri, Cururu, um pouco de rasqueado, rock, músicas nativas africanas e por ai vai. Eu, Linha, também ultimamente escuto tudo que é experimental, baixo muita música africana, e estou ouvindo muito Hermeto Pascoal.
Fernanda: Você acha que o “Linha Dura” consegue alcançar a galera do hip hop, Linha: já que agora o rap é misturado com outros estilos?
Linha: O rap sempre foi uma mistura, não to fazendo nada de tão inovador assim, a diferença é que a mistura que os gringos principalmente faz é com a musica raiz deles, jazz, funk, soul, blues etc... E que São Paulo e o “resto” do país copiou também o modelo gringo, o que to fazendo é misturando com som regional ganhando muito mais conceito tai a diferença.
Fernanda: Nesse processo de “separação” do Linha Dura e Dj Taba, o novo nome do grupo, não contempla só você? Não seria melhor escolher um outro nome para o grupo, já que agora a pegada é outra?
Linha: pegada não é outra é a mesma, o nome LINHA DURA contempla todos e todas que se identificam com um posicionamento sério, firme e de opinião.
Fernanda: Como foi o processo de gravação? Demorou quanto tempo?
Linha: Cara a gravação demorou pra caramba, primeiro por que queríamos gravar no nosso próprio estúdio mais não tínhamos nenhum estúdio, mas parceiros temos de monte. Foi aonde junto com o Espaço Cubo montamos um estúdio que é comunitário pra geral, então só o tempo de montar o estúdio já demorou uma cota. Depois várias experiências minha e do Taba, regidos pelo Ebinho acabamos terminando a pré produção, e finalizamos no estúdio INCA. Não sei o tempo certo, mas tem uns dois anos que dedicamos diretamente no disco que onde o processo de pesquisa é muito rico.
Fernanda: Já tive oportunidade de ouvir o cd na íntegra. Todas as composições são suas?
Linha: Todas não, o P. Brother compõe e canta na música “Tchapa e Cruz”, o Fissura escreveu a metade da letra “Sentimento Reflexo”, o Roger Perisson escreveu umas frases da Vanguarda “Hip Hop”. E o Taba na “Lembrei de Você”, mas que não vai para o disco devido a nova proposta vamos utilizar o que ele escreveu no disco dele.
Fernanda: Como será o processo de distribuição do cd?
Linha: Será via Fora do Eixo, nas banquinhas dos eventos, no site, nas redes em pequenas lojas de mão em mão e por ai vai.
Fernanda: A agenda. Pelos próximos meses farão shows onde?
Linha: Bom, o Pablo ta nessa articulação. Já tem alguns festivais fechados pra gente mais não sei ao certo quais são. Os outros são por aqui mesmo, estamos sempre fazendo apresentações, inclusive com a nova formação. Estamos também participando do show da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso, circulando o estado com eles, que esta sendo muito boa a bagagem cultural que estamos ganhando.
Um comentário:
Boa proposta so esperar pra ouvir os sons bater nas caixas
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