Festival Calango 2008

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Hip Hop Fora do Eixo será discutido em Goiânia



Em Goiânia (GO), nos dia 26 e 27 de julho, acontece o 1º Seminário Hip Hop Fora do Eixo, este que é organizado por vários coletivos de Cultura Urbana do Centro Oeste, tais como CUFA (MT e GO), Aquilombando (DF), e Hip Hop Fora do Eixo (MS).

A intenção dos organizadores é de estimular a cadeia produtiva da cultura Hip Hop no Centro Oeste, e também de organizar os coletivos envolvidos. Participam produtores, artistas e representantes do movimento hip hop de Brasilia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

Entre as pautas estão a contextualização a rede de trabalhos Hip Hop Fora do Eixo, bem como estratégias de comunicação para a difusão e o consumo do Hip Hop. A auto-sustentabilidade dos envolvidos também estará entre as pautas de discussões em Goiânia.

Hip Hop Fora do Eixo é uma rede de trabalhos e produção cultural pautadas nos preceitos da economia solidária, onde os envolvidos objetivam tornar idéias em práticas sustentáveis.

O Hip Hop Fora do Eixo, começou a ser discutido em 2007, no seminário do Festival Consciência Hip Hop, onde apenas produtores e artistas de Mato Grosso participaram. Estes foram agregando mais pessoas através de um fórum virtual, hoje com setenta pessoas, no qual surgiu a idéia do 1º Seminário Hip Hop Fora do Eixo.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Anápolis (GO) será palco para o “Motriz”, batalha de Break.



Anápolis - GO será palco, de um grande confronto de B.Boys e B.Girls neste dia 27 de julho domingo. É que será realizado á batalha de breaking “Motriz”, onde alguns dos maiores e melhores grupos do país, vão participar da disputa de 5 vs 5. E muita diversão e para animar a festa DJ´s Dog Daia, Regis e Chocolaty, intervenção de graffiti, palestras, apresentação de fleestyle, lanchonete e tenda de vendas de produtos como acessórias, camisetas e Cds.

Promovido pelo os irmãos, Raga Luke e Adriano MCA que desde 1984 vem atuando na cultura Hip – Hop, buscam através desta ação mostrar a potencia do Centro Oeste para os demais estados e estimular as novas gerações de dançarinos que estão surgindo.

Jogado por Phuber, Bispo e 3D ambos do estado de São Paulo e com renome nacional no meio da dança e demonstra muita competência nos requisitos fundamentais que procede dentro do estilo. Doze grupos estarão vão confrontar e quem ganhar essa competição além de levar para casa troféu e medalha, será contemplado com o prêmio de 2.000.00 R$ para o 1° lugar, 1.000.00 R$ para o 2° lugar e 500.00 R$ o 3° lugar.

O evento que vai acontecer no Ginásio Carlos de Pina abrirá os portões às 11:00 da manhã já dando inícios nas atividades a entrada somente 1 quilo de alimento não perecível.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Tatuagem será sorteada no Atitude Black



Com a intenção de divulgar os seus trabalhos, ou melhor, suas artes, o Dois Loco Tatoo Crew (aquele estúdio de tatuagem que promoveu o Body Art, freak show e tudo mais), sorteará uma tatuagem e um peircing no Atitude Black nessa sexta.

A tatoo sorteada será no valor de R$ 200 e o valor do peircing ainda está em aberto. Então, se você ta afim de uma tatto ou uma jóia no seu corpo, cai para o Atitude Black, amanhã, a partir das 19h00.

Programação:

19h - Dj Taba
22h - Dj Spinha
23h - Rodas de Break
00h - Rapper Carlos Medrado

quarta-feira, 16 de julho de 2008

CUFA realiza Baile Black nessa sexta.


Para quem gosta de hip hop, soul, funk ou então R&B, rap reggae, nessa sexta feira, dia 18, os Dj Taba e Dj Spinha, das organizações CUFA e Maloca, respectivamente, promovem o Atitude Black que é um baile regado a música negra.

O rapper Carlos Medrado, de Barra do Garças, os Mc’s Breno 16 e Marcelo de Cuiabá, completam a programação, que acontece a partir das 19h00, na Casa Fora do Eixo, localizada na avenida principal do Boa Esperança. A entrada é franca.

O “Atitude Black” é um projeto que abriu as portas para o Hip HopCuiabano e foi dele que surgiu a CUFA em Cuiabá no ano de 2004, que nessa época ainda nem tinha esse nome. Os primeiros a tocarem nesse evento foram ninguém mais do que MV Bill, e Nega Gizza, que além de show, realizaram um debate sobre a cultura hip hop.

O baile black segue até hoje com sua proposta inicial que nada mais é do que otimizar um espaço alternativo que oportuniza a circulação de produtos, idéias e ações voltadas à cultura negra.

Quem participa dessa vez na organização é a Maloca, uma organização cultural situada na região da Grande Morada da Serra que desenvolve uma série de atividades para a garotada nos finais de semana. Entre elas, esta a o já conhecido “De Role”, que é um evento com a rap e skate e, afirma-se como um ponto de encontro dos amantes da cultura urbana todos os domingos. Um dos coordenadores, o Dj Spinha, está entre os que se destacam com suas mixagens e batidas Hip Hop em Mato Grosso.

Serviço:
Atitude Black, dia 18 de julho, a partir das 19h00 na Casa Fora do Eixo (av. principal do bairro Boa Esperança). A entrada é franca
Para mais informações: 3023-8072 ou
http://www.hiphopforadoeixomt.blogspot.com/

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Coletivo Aquilombando entrevista o rapper e militante do hip hop Markão

Markão em palestra no DF*


No mês de junho aconteceu na cidade de Samambaia, periferia do Distrito Federal, o 3º Hip Hop Cidadão. O evento tinha a intenção de congregar coletivos de hip hop, formar lideranças e traçar metas e ações para o próximo semestre de 2008. O mentor do encontro é um educador e militante do hip hop, Markão, do coletivo Hip Hop ArtSam. É com ele que trocamos uma idéia agora:


Pavão: Olá Markão, você poderia nos dizer qual a sua naturalidade, como você atua e há quanto tempo está envolvido com o hip hop?

Markão: Em primeiro lugar muito axé e luz a todos leitores. Bem sou natural de Brasília, mas paraibano por sangue e amor. Já faz aproximadamente 11 anos desde minha primeira composição em trabalho de escola. Daí venho me empenhando e há 6 anos militando socialmente dentro da cultura e entidades em geral.

Pavão: O que você entende como mais importante no movimento?
Markão: O Coletivo. A união de áreas que há muito são tratadas de forma distintas. Artes plásticas, música e dança trabalhando em comunhão para um objetivo fraternidade. Isso é importante a razão a qual existe e motivo pelo qual vive - o próximo, a comunidade, a periferia.

Pavão: Sob que perspectiva de atuação você entende estarmos mais carentes atualmente no hip hop do DF e no Brasil?
Markão:Acredito que falta verdade no que fazemos. Aceitamos uma domesticação do Hip Hop. Roupas, conteúdos. Infelizmente o Hip Hop foi alvo das armas deste mesmo sistema que prega individualismo e consumismo. E isto foi incorporado ao Hip Hop - por alguns que são muitos, diga-se de passagem.
Mas em geral, isto se deu por falta, mas principalmente por omissão de lideranças que há algum tempo mudaram ou não praticam seus discursos.

Pavão: Como poderíamos melhorar nossas fraquezas e contradições enquanto movimento?
Markão: A partir de um trabalho em comunhão e maior organicidade. E entendermos realmente o que é um movimento. Hoje agimos enquanto movimentos? Um exemplo simples é o choque de datas de eventos que acontece hoje no DF, em um mesmo fim de semana duas Batalhas de Breaking. Temos que nos articular, entender a realidade, o estado, a sociedade, estudar e conhecer nossa comunidade.

Pavão: O que é o Hip Hop Cidadã e há quanto tempo ele acontece? Qual foi o balanço geral do encontro?
Markão: O Hip Hop Educação Cidadã é um encontro de formação de militantes, adeptos e praticantes do Hip Hop. Vem sendo realizados a 3 anos em parceria com a Rede de Educação Cidadã (Rede nacional de movimentos e entidades nacionais) tendo como proposta a criação de uma Rede Distrital de Hip Hop e trabalho de base com os grupos. A idéia central é descentralizar o debate, o mesmo que há muito vinha sendo realizado no Plano Piloto. Partimos então para a periferia. Ceilândia, Santa Maria e este ano em Samambaia. O balanço foi positivo, conseguimos agregar mais grupos e cidades a construção o que possibilitou muito trabalho. Um encaminhamento muito significativo foi a necessidade de levar o debate aos grupos, sendo assim no segundo bimestre vamos iniciar um diagnóstico e uma série de reuniões nas quebradas.


Pavão: Como o hip hop pode pular de apenas entretenimento para educar e conscientizar de fato?
Markão: Na verdade é necessário a existência dos dois, mas saco vazio não para em pé e nem pula e grita How. Acredito que o Hip Hop conhecer Paulo Freire e a educação popular é um grande avanço, pois hoje cantamos Rap pelo simples fato de sonhar. É positivo e plausível, mas e o sonho de cantar para transformar a realidade? E o sonho de cantar para construirmos um novo mundo possível?Compas... Precisamos conhecer a essência do Hip Hop e conhecer o contexto dos locais de onde surgiram os 4 elementos. Resgatar e tornar público a essência.

Pavão: Comente os benefícios de trabalhar uma rede no hip hop.
Markão: Um exemplo simples... Rede social de grifes urbanas (proposta em construção), algumas marcas de roupa que desenvolvem produtos para a Cultura Hip Hop se unem, assim compram tecido mais barato, serigrafia mais barata e costura mais barata, logo são repassados mais baratos, sem explorar @s
costureir@s a exemplos de grandes marcas. O Hip Hop é do e para o povo pobre, como comprar um conjunto a 400 R$.
Ao se tratar de uma Rede vamos desde uma agenda coletiva de eventos e ações e consecutivamente o fortalecimento dos mesmos, a um trabalho de base mais elaborado e por fim a vitória.

Pavão: Quais os seus próximos projetos e ações?
Markão: Articular junto ao Hip Hop do DF algumas ações coletivas como: Participação efetiva dos conselhos de cultura, fiscalização de parlamentares em relação as políticas para juventude, audiência pública na câmara lesgislativa para reivindicarmos e dialogarmos com os deputados... E uma atenção especial a minha cidade Samambaia, e aos projetos do Coletivo HIP HOP ArtSam. E gravar meu CD... kkk...

Pavão: Deixe uma palavra final pra geral do DF e do Brasil.
Markão: Encerro com a poesia de um poeta cearense chamado Zé Vicente
"Sonho que se sonha só
Pode ser pula ilusão
Mas sonho que se sonha junto
É sinal de construção"

Vamos juntos sonhar e construir em mutirão.
De cá Markão Natural da terra, Aborígine. Grande abraço a todas e todos.
Contato:
aboriginerap@gmail.com e 96026711

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Coletivo MS Fora do Eixo e Pulsar promovem ação integrada em Dourados.


Amanhã, sexta-feira (dia 11/07) acontece em Dourados (MS), o Sarau Coletivo com as bandas cuiabanas Los Bob’s e Three Pockrs, além das bandas Búteku’s, Dagata e os Aluísios e Dixavantes todas de Dourados. Os shows acontecem a ártir das 21h00 com entrada gratuita.


Banda Three Pockers (MT)

O fato é que essa é a primeira ação integrada da Organização Pulsar (www.pulsar.org.br) e do Coletivo MS Fora do Eixo, que juntos pretendem aglutinar bandas e grupos de rap e rock para desencadear um novo processo na cena independente do estado Sul Mato-grossense.


No dia seguinte (sábado), acontece um seminário onde Linha Dura (CUFA MT) e Ahmad Jarrah (Espaço Cubo) farão uma explanação sobre a Rede Hip Hop Fora do Eixo e o Circuito Fora do Eixo, bem como a moeda Card, Economia Solidária e Festivais.


CUFA e Maloca Juntos e Misturados


Vem ai mais baile black na Casa Fora do Eixo

Dia 18 desse mês tem Atitude Black na Casa Fora do Eixo! A questão é que agora, dois dos coletivos de Hip Hop de Cuiabá se juntaram com o intuito de promover o baile black, que dessa vez rola com o Dj Spinha (Maloca) e o Dj Taba (CUFA).

Para quem não sabe, Maloca é um dos coletivos mais antigos de Cuiabá, e há anos (muitos anos), vem desenvolvendo ações de cunho social na região da grande CPA (bairro gigantesco e sedento de atividades culturais de Cuiabá). Dj Spinha, que é um dos coordenadores do coletivo, e está entre os que se destacam em Mato Grosso, com suas mixagens e batidas Hip Hop.

Já o Dj Taba esta atuando como Mc na Banda Linha Dura, mas ainda arrisca a performance de Dj. Ele também é um dos coordenadores da CUFA MT.

Atitude Black é um dos primeiros projetos desenvolvidos pela CUFA, com a intenção de movimentar a cena hip hop cuiabana. A organização deu uma parada com Atitude por uns tempos, para se dedicar a outras ações, como o Festival Consciência Hip Hop por exemplo.

Só a título de curiosidade, quando começou a fazer o Atitude, a CUFA nem era CUFA, mas Negga Soul, e os primeiros a tocar nesse evento foram a Nega Gizza e o MV Bill, em 2004. Quanta coisa rolou de lá para cá...

Serviço:
Atitude Black na Casa Fora do Eixo, dia 18 de julho, com os Dj’s Spinha e Taba, a partir das 21h00. A entrada é de graça.


terça-feira, 8 de julho de 2008

Brasil = Bunda e Carnaval segundo Já Rule.



Já Rule vem ao Brasil para fazer um show na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (detalhe que o ingresso custa 30 reais), e a revista Megazine, juntou vários artistas para fazer uma entrevista com ele. Entre os/as entrevistadores estavam nega Gizza, Dj Athaíde, Rapin Hood e Black Alien.

Já Rule afirma que o Brasil precisa aprender a fazer hip hop com os Estados Unidos, pois estes são à base de tudo. Ao ser indagado, porque o rap gringo aboliu a característica contestadora, o rapper responde: “Sexo Vende!”. Sem papas na língua (e também com visão preconceituosa e reducionista), Já Rule disse que as pessoas não querem saber de fazer políticas, mas de mexer o traseiro.

Sobre o preço do ingresso a 30 reais, Já Rule diz que se fosse para ONU, ou UNICEF ele faria de graça, afinal “Por que cantar de Graça? Eu vivo disso”.
Só lembrando que Ja Rule foi preso acusado de homofobia e outras cositas más.

Veja a entrevista completa em
www.globo.com/cultura.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Linha Dura lança disco no Festival Calango.

* Foto projeto Linha Dura - por Wersleu Aguiar.

A banda traz novos integrantes e inova o hip hop mato-grossense

Linha Dura e Dj Taba lançam cd no Festival Calango, agora com um novo conceito. È que a agora “Linha Dura” é uma banda com sete integrantes, e alguns já bem conhecidos na cena independente. Trata-se de um novo projeto, concebido por Pablo Capilé, onde artistas de outras vertentes musicais, mesclam o que há de moderno e regional da cultura Mato-grossense.

Entre esses artistas estão o rapper Carlos Medrado, os pedreiros Ney Hugo, Inayã Benthroldo e Bruno Kayapi (sim, os Bong’s!), o contra-baixista cuiabano Ebinho Cardoso, além do Dj Taba, que nesse projeto atuará como Mc. Esse novo formato também conta com a participação do técnico de som Tchucca, também de Cuiabá.

Jazz, soul, funk,rap e rock fazem parte desse novo conceito de som e arte. Outra coisa bacana é o regionalismo que será agregado de forma ousada. Kayapy dedilhará uma viola-de-cocho, e a voz de Ney Hugo será explorada. Já Ynaiã, além da bateria tocará mocho e ganzá. Viola-de-cocho, mocho e ganzá são instrumentos artesanais típicos da região Mato-grossense, que dão sonoridade às coreografias do Cururu e Siriri, ritmo genuinamente cuiabano.

Se já está curioso, não precisar esperar até o dia 09 de agosto, no Festival Calango, quando Linha Dura lançará o disco. Pode ouvir o som em
www.myspace.com/linhadura.

Só que antes, da uma conferida na entrevista que fiz com Linha Dura, (a pessoa) sobre o disco o conceito do mesmo.

Fernanda: Como surgiu a idéia de “Linha Dura” virar um grupo?

Linha: Linha Dura sempre foi um grupo. Não existe uma pessoa conseguir fazer tudo sozinho, mas a veiculação do nome do grupo sempre foi centralizada no ser Paulo Ávila, o qual tem o apelido Linha Dura. O que estamos fazendo agora é mudando a forma de circulação. A idéia original dessa mudança vem do Pablo Capilé. Achei bacana discutir com o Dj Taba, e ai concordamos em trabalhar assim.

Fernanda: O Dj Taba ainda continua como dj?

Linha: Não, na real eu e o Taba adiantamos o nosso planejamento, nós tínhamos o planejamento de lançar o primeiro CD e na seqüência cada um faria o seu trabalho “separado e misturado”. Como o conceito desse disco praticamente é da minha autoria ficou acertado que esse seria o disco da banda ou grupo LINHA DURA. Agora estamos planejando o disco do Dj Taba. O Disco do Taba sairá do jeito dele, com a cara dele e com ele fazendo a produção, eu vou contribuir sempre que for solicitado. Pra quem não ta ligado antes do Taba ser dj ele era Mc, ele tem uma pegada boa também quando está com o microfone na mão por isso estamos fazendo uma nova estratégia: ele continua discotencando, mas não será o seu forte no grupo, agora ele vai fazer as dobras das vozes junto com o Carlos Medrado, quem vai assumir os toca disco será um dj free lance que já esta praticamente acertado com o W Jay (SNJ). Quando o w Jay não puder vir (fazer shows locais) o Taba segura ou se aparecer outro dj, vamos experimentando. Na real eu nunca vi esse projeto pronto e acabado, então estou sempre aberto para fazer várias experiências com vários músicos.


Fernanda: Quem é Carlos Medrado?

Linha: Um Maluco que tem como origem a favela e se envolveu no crime desde muito cedo devido a sua influência familiar. Hoje sobrevive através do trabalho comum como a maioria do povo brasileiro. Viu no Hip Hop uma alternativa de melhorar de vida, começou a dançar break e também a cantar Rap. O Selo NOVA GUARDA
(www.myspace.com/selonovaguarda) terá a honra de lançar o disco desse maluco por que ele é real no que escreve tem coerência nas letras, tem compromisso com o que fala. Logo mais vocês ouvirão o disco do Carlos, esse guri que nasceu em Barra do Garças (MT), viveu em Primavera do Leste (MT) e agora mora aqui em Cuiabá e se destaca na produção cultural também.

Fernanda: Quem são os componentes desse novo grupo? Quem toca o que?

Linha: Linha Dura – vocal; Ebinho Cardoso – Baixo; Kayapi - Viola-de-cocho e Guitarra; Ynaiã – Mocho, ganzá* e bateria; Ney Hugo – Ganzá e vocal; Taba – vocal e dj; Carlos medrado – Vocal; Tchuca – PA (técnico de som).


Fernanda: Esse novo grupo será orgânico?

Linha: Na real não. O nosso show principal será com essa formação, mais como no time só tem jogadores qualificados e cada um é envolvido em uma séria de projetos tanto musical quanto na política cultural, ai a gente acaba tendo que ter um plano B, então se não rolar o time todo vamos fazer eu, o Carlos e um dj. O importante é a musica circular.

Fernanda: Além do rap e as pegadas instrumentais do Macaco Bong, qual outro estilo “Linha Dura” carrega?

Linha: Na banda LINHA DURA, carregamos uma série de vertente musical principalmente da grande árvore negra. Soul, Reggae, Jazz, Siriri, Cururu, um pouco de rasqueado, rock, músicas nativas africanas e por ai vai. Eu, Linha, também ultimamente escuto tudo que é experimental, baixo muita música africana, e estou ouvindo muito Hermeto Pascoal.

Fernanda: Você acha que o “Linha Dura” consegue alcançar a galera do hip hop, Linha: já que agora o rap é misturado com outros estilos?

Linha: O rap sempre foi uma mistura, não to fazendo nada de tão inovador assim, a diferença é que a mistura que os gringos principalmente faz é com a musica raiz deles, jazz, funk, soul, blues etc... E que São Paulo e o “resto” do país copiou também o modelo gringo, o que to fazendo é misturando com som regional ganhando muito mais conceito tai a diferença.

Fernanda: Nesse processo de “separação” do Linha Dura e Dj Taba, o novo nome do grupo, não contempla só você? Não seria melhor escolher um outro nome para o grupo, já que agora a pegada é outra?

Linha: pegada não é outra é a mesma, o nome LINHA DURA contempla todos e todas que se identificam com um posicionamento sério, firme e de opinião.

Fernanda: Como foi o processo de gravação? Demorou quanto tempo?

Linha: Cara a gravação demorou pra caramba, primeiro por que queríamos gravar no nosso próprio estúdio mais não tínhamos nenhum estúdio, mas parceiros temos de monte. Foi aonde junto com o Espaço Cubo montamos um estúdio que é comunitário pra geral, então só o tempo de montar o estúdio já demorou uma cota. Depois várias experiências minha e do Taba, regidos pelo Ebinho acabamos terminando a pré produção, e finalizamos no estúdio INCA. Não sei o tempo certo, mas tem uns dois anos que dedicamos diretamente no disco que onde o processo de pesquisa é muito rico.


Fernanda: Já tive oportunidade de ouvir o cd na íntegra. Todas as composições são suas?
Linha: Todas não, o P. Brother compõe e canta na música “Tchapa e Cruz”, o Fissura escreveu a metade da letra “Sentimento Reflexo”, o Roger Perisson escreveu umas frases da Vanguarda “Hip Hop”. E o Taba na “Lembrei de Você”, mas que não vai para o disco devido a nova proposta vamos utilizar o que ele escreveu no disco dele.

Fernanda: Como será o processo de distribuição do cd?

Linha: Será via Fora do Eixo, nas banquinhas dos eventos, no site, nas redes em pequenas lojas de mão em mão e por ai vai.

Fernanda: A agenda. Pelos próximos meses farão shows onde?

Linha: Bom, o Pablo ta nessa articulação. Já tem alguns festivais fechados pra gente mais não sei ao certo quais são. Os outros são por aqui mesmo, estamos sempre fazendo apresentações, inclusive com a nova formação. Estamos também participando do show da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso, circulando o estado com eles, que esta sendo muito boa a bagagem cultural que estamos ganhando.



Hoje tem prévia do Festival Calango em Chapada dos Guimarães


As bandas Mork, Lothus, Triburbana e Arte Primeira concorrem a uma vaga para se apresentarem no Festival Calango, na prévia que rola hoje (agorinha), em Chapada dos Guimarães.

Também se apresentam Three Pockers e Linha Dura. O show rola na conhecida praça principal ao lado da igreja, a partir das 19h00.

A importância de ser escolhida para a programação oficial do festival, uma das vantagens é a chance de ser visualizada por mídias especializadas de todo o país, que vêm à Cuiabá todos os anos acompanhar a realização do Calango, um dos mais expressivos dos eventos do gênero no país.

Rompendo fronteiras



Depois de Mato Grosso, Dyskreto levou a sua “pirataria” para São Paulo, onde se apresentou na final da LIBBRA (Liga Brasileira de Basquete de Rua). Também de apresentaram Nega Gizza, Mv Bill, Tio Fresh , Criolo Doido e o Dj Cia.

Dyskreto também foi representando a CUFA Goiás, a qual levou o seu time de basquete de rua “Piratas do Centro Oeste”, para disputar a final da liga. O time se consagrou entre os vinte melhores do pais.
Dá-lhe Dyskreto e sua pirataria (no bom sentido é claro!)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Pavão entrevista Fab * Girl da crew BSB Girl




Nos dias 23, 24 e 25 de maio, aconteceu o “Hip Hop Fusion”, um marco na representação feminina do break brasileiro. Organizado pela crew feminina de break BSB Girl, o encontro trouxe bgirls de Salvador e de várias quebradas do Distrito Federal para debater ações para informar e profissionalizar a prática feminina de break no Brasil. O Coletivo Aquilombando entrevistou a b. girl e militante do hip hop, Fab*Girl e perguntou um pouco mais sobre sua trajetória, o encontro, entre outras coisas. Confiram a entrevista.

Pavão: Olá Fabi, você poderia nos dizer qual a sua naturalidade, como você atua e há quanto tempo está envolvido com o hip hop?
Fabi: Sou Brasiliense. Atuo com foco principalmente na mulher, no resgate de nossos valores, direitos e profissionalização através da arte (B.Girling) e estou no Hip Hop há 7 anos.

Pavão: O que é e há quanto tempo existe a BSB GIRLS?
Fabi: Há 5 anos

Pavão: Sob que perspectiva de atuação você entende estarmos mais carentes atualmente na prática do break do DF e no Brasil?
Fabi: Profissionalismo e informação.

Pavão: O que foi o Hip Hop Fusion ? Quais os resultados do evento?
Fabi: Hip Hop Fusion é um evento que acontece a mais de 3 anos, sempre voltado pra informação e profissionalismo a todos. Esse ano sentimos a necessidade de fazer um evento voltado as mulheres, pelo aumento do número de Bgirls no país, pois nunca houve um evento voltado só pra bgirls, ou grafiteiras ou Djs ou Mc´s mulheres. Tivemos um fórum onde discutimos assuntos sobre profissionalismo, militância, articulação e etc. Houve a participação de bgirls de Salvador, também houve a Primeira Batalha de Bgirls do Brasil e work shop de Dança Afro, para resgatar nossas culturas. Achamos que iniciativas como essa, abrem espaço e mostram a outras mulheres que sim, é possível acreditar e lutar por algo que queremos. Mais mulheres estão procurando as oficinas de breaking e nos perguntando quando será o próximo evento.

Pavão: Qual a importância de se discutir o machismo no hip hip brasileiro?
Fabi: Muitas meninas e mulheres acham que Hip Hop é coisa de homens sem ao menos saber o que é, pelas roupas largas, modos de agir entre outras coisas. A mulher ainda é vista como objeto, como por exemplo em muitas letras e vídeos clips de "Hip Hop", que na verdade não ajudam muito pra nos que somos militantes. O machismo tem que ser sempre tema de discussão, pois só através da informação é que vamos mudar essa mentalidade machista de muitos e muitas.

Pavão: Na sua opinião, que progressos tem havido e que barreiras ainda precisam ser transpostas para o break feminino em nosso país?
Fabi: Muitas meninas estão começando a dançar no Brasil, por terem como exemplo equipes de mulheres ou mulheres dançarinas aparecendo mais e mais. As mulheres estão quebrando barreiras, lutando por um direito natural de estarem desenvolvendo um mesmo nível técnico que os B.Boys. Porém, pouca informação é passada, poucos também procuram informação, pois os lideres de suas equipes também não sabem muito e assim, vira uma bola de neve. Não é só pro break feminino, no masculino encontra-se também com essa dificuldade.

Pavão:Como poderíamos melhorar nossas fraquezas e contradições enquanto movimento?
Fabi: Estudando e pesquisando nossas culturas a fundo. Se nem mesmo os criadores sabem explicar ao certo de onde realmente se originou, somente que tem um pé na África e que existe influências de Capoeira, Frevo, Dança Afro, e outros, porque não estudarmos o que temos aqui? Só assim descobriremos a verdadeira essência, teríamos nomes próprios, em português, claro e de fácil entendimento, com nossa cara, nosso Breaking e sobre tudo, nossa Cultura.

Pavão: Quais os seus próximos projetos e ações?
Fabi: Um projeto de formação de B.Girls, que ainda não sei como,mas conto com ajuda das minas de Salvador e amigos. Espetáculo do Brasil Style B.Girls, treinar muito, estudar muito, pesquisar muito e ensinar tudo que aprender! Deixe uma palavra final para os manos e minas do DF e do Brasil. Estudem sua cultura (cultura Brasileira).